por Lucimar Adão, Zeca Santos;
Depois da polêmica declaração do então presidente da Fundação Palmares, Sr. Sérgio Camargo..´´A melhor coisa que aconteceu aos negros fora a escravidão..´´Não satisfeito, durante os festejos do dia 13 de maio(que se comemora, a Abolição da Escravatura, e Dia dos Pretos Velhos) publicou artigos no site oficial da própria Fundação, denegrindo a imagem de Zumbi. O que levou o historiador e escritor Paulo Cesar Alcântara a comentar. Gerando assim um belo bate papo entre nosso editor, e outros estudiosos da cultura afro-brasileira.
Dizer que não temos o que comemorar no dia 13 de maio, parece cair no lugar comum e correr o risco de provocar opiniões adversas sobre as condições da população negra afrodescendente do nosso país. De fato, comemoração ou festejo, não sejam as palavras adequadas para uma falsa liberdade: os grilhões ainda existem, sobretudo nas ações, ideias e corações humanos. Mas é preciso avançar no tempo e na história e chegar a 132 anos depois para entender que a resistência faz mudar os fatos. E as pessoas podem mudar a história. É possível…
O racismo estrutural está por toda parte, é o inimigo dissimulado nas palavras e expressões, nas oportunidades e promoções, nas cotas e condições. Demonstra uma sociedade modelada nas diferenças étnicas que diminuem as chances de igualdade, pois aponta preconceitos combatidos por mais de um século, mas que persistem nas relações.
Cada vez mais o olhar atencioso de artistas negros sensíveis a causa, grupos e associações de luta racial, gerações após gerações, vêm transformando suas próprias existências e se reposicionando na sociedade contra o preconceito. Apropriando-se do que é de direito: curso superior, formação profissional por escolha, voz na mídia e espaço no mercado da beleza, entre outros campos de atuação cultural, social e econômico.
Ainda há muito o que resistir e ficar atento! Os grilhões são correntes fortes, difíceis de serem quebrados…
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…´´O PRETO É VELHO´´
Sebastião do Carmo neto
Ouço vozes ancestrais
Junto ao barulho das correntes,
Mas não vejo nada além
O preto cobre minha visão.
Abro o olho e vejo um preto
Mas o preto veste branco
E muito franco,no seu banco
Me fala de escravidão.
“Meu filho,o Branco é bom.
Mas fica sujo na má obra,
Branco sujo é uma cobra
E há muito tempo se sujou”
“O Branco sujo fez o preto
Ser vermelho por um todo
E pelo azul dos sete mares
Açoitou e escravizou”
“Preto forte no sol quente
Sem tempo pra descansar.
Preta forte tá na casa
E o ‘sinhô’ de ‘ôio’ nela”
“Abre os ‘zôi’,num tô falando
Mais de escravidão pra ti
Pois esse é o cotidiano
Dos preto dessas favela”
Preto Velho abriu meu olho
Não enxergo tudo preto.
Só enxergo todo preto
Que sofre nesse Brasil
O preto é velho nesse mundo
E esse povo ainda vai
Mostrar todo o poder que tem
E não vai ser pelo fuzil.´´
Todas as fotos usadas nessa matéria são de arquivos antigos do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos e todas são de antes da pandemia. Os vídeos são institucionais.
A coluna agradece a participação dos escritores e estudiosos Paulo Cesar Alcântara, Izaquis de Paula, Wellington Pessanha, ao nosso poeta Sebastião do Carmo Neto e a pedagoga a Mestra Lucimar Adão.
Estamos tentando há 132 anos! Estamos conseguindo? Responda você!
Excelente trabalho, excelente pesquisa, excelente explanação, axé ! Pretamente completo estamos e somos…
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