por Zeca Santos;
A Bahia, ah! A Bahia, um território sagrado, que fora a 1*capital da república brasileira, da onde os portugueses retiraram todo ouro possível e para cada lote de ouro roubado de nossas terras construíam 1 igreja. Logo, existem 365 igrejas só em Salvador, além de diversos terreiros de candomblé(de origem negra) chamadas roças.E uma das mais famosas e tradicionais é a do Senhor de Bonfim(Oxalá, no candomblé),no bairro do Bonfim(subúrbio de Salvador).
A devoção pelo santo surgiu em 1773, quando os integrantes da “Devoção do Senhor Bom Jesus do Bonfim” constituída por devotos leigos(atualmente considerada uma irmandade sagrada).

Faziam com que os escravos a lavassem e ornamentassem a Igreja como parte dos preparativos para a festa do Senhor do Bonfim. Dai surgiu a tradicional Lavagem do Bonfim, feitas por baianas,mães de santo, que sempre jogavam alfazema e usavam vassouras de palha. Tradição mantida até os dias de hoje.
Para os adeptos do , a lavagem da igreja do Senhor do Bonfim passou a ser parte da cerimônia das Águas de Oxalá.
A Arquidiocese de Salvador, então, proibiu a lavagem na parte interna do templo e transferiu o ritual para as escadarias que cercam o templo.
Durante a tradicional lavagem, as portas da Igreja permanecem fechadas,só entrando os membros da irmandade e o cardeal responsável. Nosso editor teve essa honra para mostrar com exclusividade para você, leitor seguidor e fã, os rituais.
O cortejo, que esse ano levou quase 2 milhões de fieis ao cortejo, como sempre, teve início na igreja da padroeira da cidade de Salvador, Nossa Senhora da Conceição da Praia(uma linda basílica, ao pé do elevador Lacerda).
Com a canção do Hino do Bonfim entoado pelo coral da arquidiocese, deu-se início ao cortejo.

Todos trajando branco é o que manda a tradição e como desde dos tempos antigos políticos e ´coronéis´da região estiveram presente ao cortejo e acompanham durante todo o percurso andando lado a lado com a população.
Manifestações políticas aconteceram ao longo do cortejo, porém tudo na mais perfeita harmonia com a folia. Já que inúmeros trios elétricos se juntaram ao cortejo , dando mais animação a manifestação religiosa. Alguns com cânticos religiosos outros com seus axés e afoxés. Parecendo um evento pré carnavalesco, que seguia a procissão.
Além da festa, muita devoção era vista nos olhares dos fiéis, que se apinhavam para colocar sua fitinha e fazer seus pedidos e suas orações e agradecer.
A Lavagem do Bonfim é uma celebração de várias religiões e sempre acontece na quinta feira antes do segundo domingo de janeiro, após ao Dia de Reis(06/01). Neste período, segundo a igreja católica, também ocorre o novenário solene e exposição do Santíssimo Sacramento, interrompido apenas no dia da Lavagem.
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Após a chegada do cortejo, o arcebispo da basílica do Bonfim, faz um pronunciamento e apresenta a imagem do santo.
Um pouco de história, em 1745 um oficial da armada portuguesa(Teodósio Rodrigues de Farias), trouxe de Lisboa uma imagem do Cristo, que fora conduzida com grande acompanhamento para a igreja da Penha, em Itapagipe. Somente em julho de 1754, a imagem foi transferida em procissão para a sua própria igreja, na Colina Sagrada, onde a atribuição de poderes milagrosos tornou o Senhor do Bonfim objeto de devoção popular e centro de peregrinação.
No domingo seguinte à lavagem, os devotos se reúnem na Igreja dos Mares para a procissão dos Três Pedidos, que percorre o largo de Roma em direção ao Bonfim. Na chegada à Colina sagrada do Bonfim, os fiéis dão três voltas em torno da Basílica, fazendo três pedidos. Uma pregação, bem como uma missa solene e a benção do Santíssimo Sacramento encerram os festejos.
Todas as fotos usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos e as imagens de Daniel Azevedo.