por Zeca Santos e Lucimar Adão

Em tempos de Carnaval, a passista, Layza Bastos, decana da APASB(associação de passistas do Brasil Cyro do Agogô) escreveu um belíssimo texto sobre os 200 anos da nossa independência sob o olhar negro da história. Desde da época da saída daÁfrica e chegada ao Brasil, com suas culturas, danças, crenças e rítmos.

O texto acaba de virar um espetáculo musical didático, tendo a própria Layza como narradora junto com Vivi Martins , coreógrafa de casais de mestre sala e porta bandeira. E com direção do historiador, carnavalesco e comentarista Milton Cunha.

O espetáculo retrata a correlação dos ritmos e danças africanas com o samba atual. Desde da sua origem com LUNDU, JONGO, CAXAMBÚ, MOÇAMBIQUE, CAPOEIRA e o SAMBA. E a cada rítmo e dança apresentado o grupo de passistas interagia com a plateia, que lotou a Sala Municipal Baden Powel/Teatro Copacabana, em Copacabana, zona sul carioca.

Sob a voz do puxador oficial do Império Serrano, Igor Viana.

Observem que só se usa branco e no palco, área sagrada nos campos, todos descalços uma questão de respeito com a Terra, com os Orixás.

O Moçambique pode ser confundido com Maculelê, do folclore nordestino.

Todos os rítmos e danças apresentadas até agora, tem o tambor como referência, os ATABAQUES, como sendo uma divindade. E o responsável pelo batuque foi o Leo do Atabaque.

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A Capoeira, é dança, é luta ou um esporte ou tudo junto? Eis uma questão, essa arte já foi proibida, já fora dita como marginal, já foi liberada. Atualmente é uma matéria obrigatória na graduação de Educação Física e eletiva em algumas escolas da rede municipal, praticada em várias praças ou espaços públicos. E o Brasil já tem exportado diversos grandes Mestres.

Observe que toda nossa cultura de dança, rítmos, de fala ou escrita está linkada com a ancestralidade. Hoje em dia preste atenção na batalha do passinho, do break dance(atual esporte olímpico), do funk da roda de rima, nas coeografias do ídolo do pop Mickael Jackson até nos movimentos do deus do rock and roll Elvis Presley, as coreografias dos bailes. O gingado do Malandro e das Cabrochas.

Todas as fotos usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos e as imagens de Daniel Azevedo.

Olha um espetáculo, ou melhor uma verdadeira aula de história, da nossa real história contada pelo olhar de uma raça oprimida rechassada tem lutado muito para mostrar o seu valor, mostra como é rica sua cultura, gastronomia, seus valores. Um espetáculo digno de ser apresentado para escolas de 1*, 2* grau até mesmo em faculdades por ser curto, leve e bem didático e interativo e merece sim uma temporada maior e uma turnê pelo país. Muitos aplausos.

E a voz do povo é a voz de Deus, já dissia um ditado antigo….

O SAMBA é do povo e feito pelo povo. Então deixe o povo sambar, esquecer um pouco suas mazelas e desfilar com alegria.

E ainda na bancada musical, Guilherme do Bandolim, aplausos.

BOM CARNAVAL A TODOS! RESPEITO É BOM ETODOS NÓS GOSTAMOS! USEM CAMISINHA! LEMBREM NÃO É NÃO! SE BEBER VOLTE DE TRANSPORTE PÚBLICO, UBER SÓ NÃO DIRIJA!