por Zeca Santos , Antônio Correa
O ateliê Cosmonauta Mosaicos, criou uma belíssima homenagem para aquele que era sambista, ogã, compositor, carnavalesco e negro, Sr.Hilário Jovino Ferreira . A homenagem? Claro um belo mural de mosaico, especialidade da casa.
A Nave, como é conhecido o ateliê, promove workshops e oficinas de mosaico com hora marcada, encontrado na Ladeira do João Homem, 48 – Saúde, quem sobe o Morro da Conceição pela Travessa do Liceu, atrás do edifício A Noite, na Praça Mauá, área portuária carioca e importante área histórica. Maiores informações: @cosmonautamosaicos ( no instagram) ou pelo cel: (21) 98227-0583


Sobre o homenageado, Hilário Jovino, ou Lalau de Ouro, filho de escravos libertos, nasceu no interior de Pernambuco em 21 de outubro de 1855, cresceu na Bahia onde aprendeu sobre cultura afro. Mudou-se para o estado da Guanabara em 1872, instalando-se no Morro da Conceição, mais especificamente no Beco João Inácio, no Largo de São Francisco da Prainha.(local onde se encontra o mural mosáico). Foi um dos responsáveis por introduzir o samba à então capital do país.

Em 1893, na mesa de um bar em conjunto com Luiz de França, o Avelino Pedro de Alcântara, o João Câncio Vieira da Silva, nomes celebres, da época, Hilário, lembrava da festa dos Reis Magos, bem popular na Bahia,que sempre fora celebrada 6 de janeiro, e pelos seus amigos descobriu que ali onde morava existia um rancho “Dois de Ouros´´que circulava no dia de Reis.Logo Hilário já estava envolvido nesse, porém não satisfeito resolveu criar o seu próprio o´´Rei de Ouros´´que já surgiu inovando, o rancho apresentava enredo e foi o 1* rancho a sair no carnaval. Além de enredo, o rancho também apresentava um casal que trazia o estandarte onde tinha o nome e o emblema do rancho, revolucionando assim o carnaval carioca.


Hilário foi fundador de outros ranchos, como “Rosa Branca”, “Botão de Rosa”, “As Jardineiras”, “Filhas da Jardineira”, “Ameno Resedá´´, “Reino das Magnólias”, “Riso Leal“, e também blocos, como “Paredes têm ouvidos” e “Macaco é outro“.



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Atualmente o Largo de São Francisco da Prainha, se tornou importante polo gastronômico e um centro de arte urbana que percebemos olhando ao entorno.






Sempre reverenciando personalidades negras, revolucionárias.Lembrando que o Morro da Conceição, localiza-se no bairro da Saúde, área de inportância histórica e arquitetônica,boa parte tombada pelo patrimônio histórico e área onde aportava os navios negreiros. O nome da localidade que tinha uma vista magistral da Baia de Guanabara e da cidade veio em homenagem a capela de Nossa Senhora da Conceição, construida no topo do morro em 1590.Que hoje é um importante ponto turístico. E pelos acessos do morro encontramos diversos murais de mosaico.






Todas as fotos usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos e as imagens de Daniel Azevedo.






O bom malandro, capoeirista, carnavalesco faleceu em 2 de março de 1933, logo após ao carnaval que ele não mais participou devido a sua enfermidade. Hilário Jovino Ferreira, nos deixou um enorme legado que jamais pode ser esquecido.

A coluna agradece ao convite e parabeniza ao ateliê Cosmonalta Mosáicos pela idéia de preservar a história do local com arte e feita por moradores.
Fantástico! Adorei! Parabéns a todos que colaboraram para a Matéria. Fotos lindas de Zeca Santos. 🤗
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