por Zeca Santos;
“O Anjo Negro´´ um texto de Nélson Rodrigues, da década de 40, que está totalmente atual, essa nova releitura no mais novo formato virtual, exigindo uma super preparação tanto do elenco quanto da técnica, que realmente estiveram muito bem.

A iniciativa de se cobrar ingresso também foi bem válida afinal todos tem que pagar suas contas e comer. Um texto pesado e atemporal, aja visto que o racismo foi um dos principais fatores da não reeleição do presidente norte americano.

Um texto polêmico, bem estilo Rodriguiano, que proporcionou um debate com convidados, voltamos a falar tudo no mundo virtual. Só achei que podia ter tempo limitado entre os participantes para não se tornar maçante. E nessa versão virtual vimos que até o público especializado ainda não está muito preparado, pois vimos vários áudios abertos.
Mas o debate,pós apresentação, criado pela produção de ótima qualidade digamos de passagem, nos inspirou a questionar com público geral esse tema tão polêmico que é o RACISMO, e tivemos um bom resultado e algumas surpresas. Descobrimos até que realmente existem anjos negros. Ouça o que nossa crítica teatral Lucimar Adão, especialista em cultura afro-brasileira e pedagoga.


Numa visão do nosso video maker, Daniel Azevedo( 22 anos), morador da favela da Rocinha, zona sul carioca,: ´´Sobre Racismo…Como sempre faço questão de falar , sou nascido e criado dentro da maior da América Latina . Sempre fui ensinado a conviver em sociedade, nunca existiu essa de cores …Existiam muitos apelidos como até hoje os que me consideram aceitam ainda o apelido que muitas vezes foram colocados para diferenciar , no fundo , uma certa forma de carinho …muitos como : Petróleo , Negão , Tiziu , Negueba , Preto … como eu também precisei aceitar os apelidos colocados como : Rato pelado , Tucano , Narigudo , Microfone por ser mais claro e tal . Nunca existiu nada para magoar ou menosprezar outros…´´
Existe uma raça melhor que outra? Questiona o assistente social ,Valter Freitas, que ´também é um dos nossos editores….´´O Racismo se materializa a partir da falta de sensibilidade em tratar os outros como a nos mesmos. Questões históricas, culturais e interpessoais, que refletem hábitos, situações e falas enraizadas na cultura, promovem direta ou indiretamente, a segregação e preconceito, ou seja, muitas vezes naturaliza-se dentro da sociedade está prática, que coloca um grupo social ou étnico em uma posição melhor, para ter sucesso. O racismo estrutural não é algo que pessoas ou instituições optam praticar. Mas que todos nos precisamos combater, afinal os privilégios associados aos “brancos” ao longo dos tempos promoveu desvantagens associadas à “outra cor”. O Racismo precisa de políticas públicas que combatam as desigualdades de grupos. Assim como pessoas sensíveis e combativas a estas práticas. A resposta mais coerente a questão levantada, é que não existe uma raça melhor ou superior a outra, porém existem pessoas que se destacam de outras, quando em sua resiliência conseguem ter oportunidades.´´

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E nos versos do nosso editor junior Sebastião C.Neto sua visão de racismo…
´´RAC1SM0´´
Se velado, provém do ato
De fato, não vem do berço.
Racismo sente no tato.
No toque, não tem um terço
Do que afronta todo preto
Que batuca ou reza o terço.
Consciência segue limpa.
Quem dera fossem as mãos
De todo aquele que se limpa
No sangue dos meus irmãos.
Consciência segue preta!
Não sujeira, mas é treta
Quando acham que “o claro”
brilha mais do que uma preta,
Desprezando sua vitória
E desejando sua buceta.
Se fartam com sofrimento,
Se cobrem com indecência.
Abutres e porcos gordos
Se calam com resistência.

Digo: “Black Lives Matter!”

Favela, perífa ou gueto.
Pinóquio não vai ter vez
Se a gente se faz Gepeto,
Com mais um preto no topo
E menos branco em preconceito.

Todas as fotos usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos, já as cenas filmadas pelo video maker Daniel Azevedo.
A coluna agradece em muito a participação de Daniel Azevedo, Deo Garcez, Eliana Alves Cruz, Erica Cotrim, Josimar Amaral, Lucimar Adão, M.R.( o amigo pediu para não ser identificado), Paulo Cesar Alcântara, Portela Açúcar(ator/ cantor e funcionário público), Rosa Costa e Valter Freitas. O nosso muito obrigado.


Parabéns ao elenco e técnica pela coragem. Sempre bom lembrar que preto é uma cor(na verdade a ausência de todas as cores) e negra é a raça, uma raça linda forte guerreira.
Agradecemos a produção na pessoa do ator Deo Garcez pelos convites enviados.



SOMOS TODOS IGUAIS! RACISMO É CRIME! VIDAS NEGRAS IMPORTAM!