por: Paulo Alcântara,André Moreira Antônio Correa, Zeca Santos
Entre os 365 dias do ano, porque só se para para pensar e refletir sobre os negros somente um dia, o dia 20 de Novembro? A consciência e o respeito deveriam existir ao longo do ano,ou melhor nem deveria perder tempo com isso, afinal como o próprio título diz somos primatas racionais ou seja humanos,respiramos o mesmo ar nosso coração pulsa sangue vermelho.Então somos iguais. O que deveria ter importância é a consciência humana.



Como dizia o fotógrafo mineiro e militante do movimento negro Sr.Januário Garcia..´´Existe uma história do povo negro,o que não existe uma história do Brasil sem o povo negro.´´E baseado nessa afirmativa que nosso Griô,cronista,historiador e carnavalesco Paulo Alcântara criou a série´´Negros Notáveis´´, personalidades importantérrimas na formação da história brasileira que são alijados dos livros didáticos,logo quase que total desconhecidos.Porém,graças ao nosso Griô podemos homenagear algumas dessas personalidades nesse 20 de Novembro.
A saber que Griô são guardiões das tradições africanas. São uma casta social de contadores de histórias e músicos que preservavam a história, as tradições, as lendas e os mitos de seus povos, usando instrumentos como o corá e o balafon.A principal função do griô é manter viva a memória coletiva de sua comunidade,isso inclui mestres e mestras de diversas áreas, como os que têm conhecimento sobre ervas medicinais, ou aqueles que narram histórias e ensinam costumes de geração em geração.




A LUA BRASILEIRA
(Maria Firmina dos Reis)
Tributo de amizade e gratidão.
É tão meiga, tão fagueira,
Minha lua brasileira;
É tão doce, e feiticeira,
Quando airosa vai nos céus;
Quando sobre almos palmares,
Ou sobre a face dos mares,
Fixa, nívea, seus olhares,
Qu’enfeitiçam os olhos meus;
Quando traça na campina Larga fita diamantina;
Quando sobre a flor marina,
Esparge seu níveo albor;
Quando manda brandamente
Sobre a campina virente,
Seu fulgir alvinitente,
O seu mágico esplendor;
Maria Firmina dos Reis
Maria Firmina dos Reis,Ela nasceu em 1822 em São Luiz do Maranhão e faleceu em11 de novembro de 1917 aos95 anos em Guimarães, MA , sendo filha de uma escrava alforriada, Leonor Felipa dos Reis, e de um homem de posses. A experiência de sua família marcou profundamente sua obra, na qual ela denunciou veementemente a escravidão e seus horrores em obras como o romance Úrsula de 1859 considerado o primeiro romance abolicionista do Brasil. Foi uma professora, compositora e escritora brasileira, considerada a primeira romancista negra da América Latina. E também fundou uma escola mista para filhas e filhos de lavradores O que a torna precursora não só como escritora negra, mas também por tratar dos males da escravidão, em um período que a escrita pública era predominantemente realizada por homens.
´´Muitas fugiam ao me ver… ´´
(Carmem Maria de Jesus)
Muitas fugiam ao me ver
Pensando que eu não percebia
Outras pediam pra ler
Os versos que eu escrevia
Era papel que eu catava
Para custear o meu viver
E no lixo eu encontrava livros para ler
Quantas coisas eu quiz fazer
Fui tolhida pelo preconceito
Se eu extinguir quero renascer
Num país que predomina o preto
Adeus! Adeus, eu vou morrer!
E deixo esses versos ao meu país
Se é que temos o direito de renascer
Quero um lugar, onde o preto é feliz`
“`Quem inventou a fome,são os que comem´´
Carolina Maria de Jesus foi importante para o Brasil por ser uma das primeiras escritoras negras a ter reconhecimento nacional e internacional,trazendo à tona a realidade da favela, da desigualdade social e da miséria atravpes de sua obra. Sua literatura, que se tornou um símbolo de resistência e inspiração, impulsionou debates sobre racismo e o papel da periferia, além de dar voz a mulheres e populações marginalizadas. Nascida de pais analfabetos em 1914,Sacramento/MG e faleceu em 1977 em sampa. Foi uma escritora, cantora, compositora e poetisa brasileira. Ficou famosa por seu primeiro livro Quarto de Despejo: Diário de uma favelada, publicado em 1960 com auxílio do jornalista Audálio Dantas.
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“Eu lutei por nós. Eu morri pela nossa cor.
Sou o espírito livre de Dandara dos Palmares.”
Dandara dos Palmares, foi uma guerreira negra do período colonial do Brasil no Quilombo de Palmares. Zumbi dos Palmares foi seu marido e com ele teve três filhos: Aristogíton, Harmódio e Motumbo.Uma mulher negra apagada pelo machismo e racismo, sua vivência negava o lugar social destinado para as mulheres e negras tanto na época em que viveu como hoje em dia, sua luta contra as raízes da opressão traziam extremo incômodo para a sociedade.Nascida em 1644 e faleceu em 1694 na Capitania de Pernambuco.
´´È para conter os pretos…´´
Luísa Mahin foi uma princesa africana da tribo Mahi, integrante da nação africana nagô, praticante da religião islâmica, veio em navio negreiro e foi escravizada na Bahia.Ficou consagrada como a líder da Revolta dos Malês e da Sabinada, 1835,na Bahia, usando seu ofício de quituteira para disseminar mensagens cifradas em árabe para organizar a resistência negra. A saber que os Mahis que pra ca vieram eram conhecidos como Males. Após ser perseguida, ela fugiu para o Rio de Janeiro, onde foi presa já gravida do abolicionista Luiz Gama, e depois deportada para a África. Foi muito acolhida pelo movimento negro que a consideram referência e presença marcante da mulher negra na história do Brasil, que bravamente resistiu e lutou contra as barbáries da escravidão.
Todas as fotos usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos.
Maria Felipa foi uma heroína negra baiana que, em 1823, liderou um grupo de mulheres para expulsar os portugueses da Ilha de Itaparica, na Bahia, um evento crucial para a independência do Brasil. Ela usou táticas como emboscadas e o ataque com galhos de cansanção (urtiga) para incapacitar os soldados, além de incendiar embarcações portuguesas. Apesar de ter sido esquecida por anos devido ao racismo, ela foi reconhecida postumamente como Heroína da Pátria Brasileira em 2018.
´´Honro aquelesque vieram antes´´
´´Somos todos raízes de uma mesma história, Respeitara história é valorizar a vida´´
´´Eramos todos humanos até que:
A Raça nos desligou;
A Religião nos separou;
A Política nos dividiu;
E o dinheiro nos classificou.´´
(Luiz Gama)
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´´Que tenhamos a descência de amar o humano em sua grandeza impar, tenha ele a cor,a dor,ou nacionalidade que tiver´´

Antonieta de Barros, Além de lecionar Português e Literatura em importantes colégios de Florianópolis. Antonieta,nasceu em 11 de julho de 1901. Era filha da lavadeira Catarina de Barros (ou, conforme registro, Catharina do Nascimento Waltrich, ex-escrava de Lourenço Waltrich, um proprietário de terras e escravos.Foi uma das primeiras mulheres eleitas como deputada estadual no Brasil em 1935 e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular, tendo sido pioneira defensora da emancipação feminina e de uma educação de qualidade para todos. Enquanto cronista escreveu mais de mil artigos em oito veículos e criou a revista Vida Ilhoa.
´´Que hoje possamos vibrar com respeito,igualdade e gratidão aos que vieram antes, consciência e amor ao próximo. Que cada passo dado seja também um passo de cura coletiva.´´
