por Zeca Santos;Sebastião Neto.
SAMBÚRBIO,liga dos blocos carnavalescos dos subúrbios cariocas,que tem sua sede em Quintino. Elegeu sua nova diretoria em plena quarta-feira no centro histórico da cidade maravilhosa,mais precisamente na Academia Brasileira das Artes Carnavalescas(ABAC), em plena Travessa do Ouvidor.
Geograficamente falando e segundo o Aurélio, o subúrbio carioca refere-se às áreas metropolitanas atravessadas por linhas férreas(trens), geralmente mais distantes do centro da cidade, e historicamente associadas às classes populares e a uma vida menos intensa em comparação com a zona central e turística. O conceito abrange uma diversidade de bairros, como Madureira, Méier, Campo Grande, Santa Cruz,Penha,Ramos,Quintino, os Engenhos, Deodóro, Realengo entre outros, e tem sido objeto de estudos nas ciências sociais que exploram sua complexidade socio-económica e cultural. Os subúrbios cariocas são áreas com importâncias históricas bem marcadas.
Os Subúrbios Cariocas são um grande polo de cultura da cidade. Inúmeras referências na música popular nasceram e cresceram se identificando como suburbanos. A região também concentra inúmeras agremiações da cultura negra como inúmeras escolas de samba, rodas de jongo, blocos carnavalescos,terreiros de candomblé, a cultura dos bate-bolas, os grafites as quadrilhas juninas. Uma cultura de rua muito forte.
Os subúrbios também foram por décadas, uma grande concentração de cinemas de rua considerados ícones da arquitetura.
Historicamente falando, foi com as reformas de do então prefeito Pereira Passos e com o advento da linha férrea que o termo “subúrbio” ganhou um significado pejorativo. O dito subúrbio carioca é composto de população das ditas classes média alta, média e de baixa renda.
A Reforma do então prefeito Pereira Passos foi um amplo projeto de remodelação urbana do estado da Guanabara(então capital do Brasil) no início do século XX,( entre os anos de 1902 e 1906 ), que visava transformar a cidade numa “Paris tropical” , através da demolição de cortiços e velhos casarões,para dar lugar a novos edifícios e ainda ter saneamento básico por toda a cidade, que contribuiu para a eclosão da Revolta da Vacina, uma consequência social do alto custo da transformação urbana. E ainda abertura de novas vias como a Avenida Central(atual Av.Rio Branco), o que resultou em profundas mudanças sociais e culturais, especialmente com a repressão aos costumes e à cultura da população mais pobre e negra que foram desalojados e tiveram sua cultura reprimida.
Fique conosco deixe seu comentário, inscreva-se em nosso canal no YouTube Te Vejo Aqui by Zequinha, pois é nele que você leitor seguidor e fã tem acesso as entrevistas exclusivas e aos teasers de nossas matérias e não deixe também de curtir e comentar ou até compartilhar nossas dicas e informes na página do Facebook TE VEJO AQUI atualizada pelos nossos profissionais . E não deixe de nos seguir no Instagran @tevejoaquibyzequinha Também estamos no TIC TOC (te vejo aqui)e no Sound Cloud como Zequinha Santos Fotos.
A história dos blocos de rua remonta aos antigos “entrudos” portugueses no século XVII,uma festa popular na qual as pessoas se jogavam água, ovos e farinha umas nas outras. No século XIX, o entrudo foi criminalizado no Brasil, levando a elite a organizar bailes de carnaval em clubes e teatros. As camadas populares, contudo, mantiveram a tradição de festa de rua, organizando os primeiros cordões e blocos como o Cordão da Bola Preta (1918) tido como o primeiro bloco organizado. Esses blocos, que combinavam elementos da cultura popular com música como samba, frevo e marchinhas, e que foram inspirados nos “cordões” e “ranchos”, tornaram-se uma tradição vibrante do Carnaval brasileiro.
A raiz forte das escolas de samba está nos morros e favelas do Rio surgiram de pequenos blocos. Desde o ‘Bloco dos Arengueiros’, durante os anos 1920, onde surge a ‘Estação Primeira de Mangueira’; passando pelas ‘Baianinhas de Oswaldo Cruz’ e posterior ‘Vai Como Pode’, temos a origem da centenária Portela; do ‘Prazer da Serrinha’, o querido ‘Império Serrano’, e de dois blocos do Morro do Salgueiro, a escola que originou grandes arnavalescos (Fernando Pamplona e Joãozinho Trinta, além do famoso diretor de carnaval Laíla). Claro que estou falando da ‘Acadêmicos do Salgueiro’. Mas tem escolas menos famosas nos subúrbios, que tem sua impotância histórica como A ‘Em Cima da Hora’, de Cavalcanti; a ‘Lins Imperial’, do bairro Lins de Vasconcelos; a velha ‘Vizinha Faladeira’, do Santo Cristo; e a ‘Unidos de Lucas’, de Parada de Lucas, entre outras.


Todas as fotos e imagens usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos. As fotos históricas são do Arquivo Nacional.






Durante a posse da nova diretoria da Sambúbio ainda tivemos convites, homenagens e desabafos.


A coluna agradece ao convite nos feito pela atual presidenta Elisa Santos,que também é uma estilista de primeira linha.Desajamos todos o sucesso a nova diretoria da SAMBÚRBIO e que mantenham as reais caracteristicas suburbanas da alegria e da folia.



Quem diria que as pequeninas agremiações de samba dos morros e subúrbios, surgidas nos anos 20 do século passado, criadas por negros pobres com as bênçãos de mães de santo e buscando licenças da polícia, por nomes como Cartola, Ismael Silva e Paulo da Portela, e muitos outros que hoje seriam tidos como patrimônios. Mas, na época, esses jovens ainda desconhecidos ajudariam a construir um dos maiores espetáculos da Terra.
