por Zeca Santos
Nossa coluna foi convidada a participar dos festejos em homenagem a Santo Antônio em Salvador/BA e o primeiro deles foi a reza seguida de um cortejo seguida de um forro terminando numa feijoada.
O amável convite foi nos feito pelos vocalistas do Grupo Cortejo Afro, os queridos amigos Aloísio Menezes, Veko Araújo e Portella Açucar.



Num primeiro momento, a reza cantada aconteceu num casarão datato de 1700 e alguns anos em plena ladeira do Pelorinho, cidade alta. A saber que esse casarão histórico serve de moradia ao trio de vocalistas e ainda serviu de cenário para o filme ´´O Pai e Ó´´.
A reza cantada segui-se de um cortejo que deixou o casarão em direção ao salão do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra. O salão tem a gestão de uma outra artista baiana, Nira.






A reza esteve lotada de amigos convidados, transuendes locais, enfim de devotos a Santo Antônio.
PRECE DE OGUM



Pai que minhas palavras e pensamentos chegue até vós em forma de prece e que sejam ouvidas, que esta prece corra mundo e universo e que chegueaté os necessitados em forma de conforto para as suas dores, que corra os quatros cantos da Terra e chegue aos ouvidos dos que se dizem meus inimigos em forma de brado e advertência de um filho de Ogum que sou e nada temo, pois sei que a covardia não muda o destino.
Ogum padroeiro dos agricultores e lavradores fazei com que as minhas ações sejam sempre férteis como o trigo que cresce e alimenta a humanidade nas suas curas espirituais para que todos saibam que sou teu filho, Ogum, senhor das estradas, fazei me de mim um verdadeiro andarilho e que eu seja sempre um fiel caminheiro e seguidor do teu exército e que nas minhas caminhadas sõ sejam de vitórias, pois, nós os vossos filhos não conhecemos derrotas, porque sendo Senhor Deus da Guerra, nós vossos filhos conhecemos as lutas, como esta que trava agora, embora sabendo que é só o começo. Mas tendo o Senhor como meu pai a vitória será certa.







Ogum meu grande pai e protetor fazei com que meu dia de amanhã seja taõ bom como o de ontem e hoje, que minhas estradas sejam sempre aberta, que no meu jardim só hajam flores, que meus pensamentos sejam sempre bons e aqueles que me procuram consigam sempre remédios para seus males. Ogum, vencedor de demandas, que todos aqueles que cruzarem a minha estrada que cruzem com o propósito de engrandecer cada vez mais a ordem dos cavaleiros de Ogum.
Pai da luz aos que se dizem meus inimigos, páis se eles me perseguem é porque vivem nas trevas e, na realidade, por perseguirem a luz que vós me deste. Senhor livrai-me das pragas, das doenças, das pestes, dos olhos grandes, da inveja, das mentiras e da vaidade. Que só levam a destruição, e que todos que aqueles que ouvirem esta prece e também aqueles que a tiveram em seu poder estejam livres das maldades do mundo. Ogum, que eu possa sempre dizer para aqueles que me pedem a benção meu pai te abençoe. AXÉ.







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No palco além dos 3 vocalistas Aluísio, Leko e Portella se fizeram presentes as também cantoras Lia Chaves, Matildes Charles além da jornalista Ana Portela que leu a Prece a Ogum.









Todas as fotos e imagens usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos.






A coluna agradece ao convite e a honra de poder participar do ritual.



Pétalas brancas foram oferecias ao santo, curau ou canjica(curau para nós do sudeste e canjica para os nordestinos) foram ofertados aos convidados além do tradicional pão de Santo Antônio.
A reza cantada terminou com uma enorme feijoada e muito forró com direito a sanfona e zabumba.











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