por Zeca Santos;

Um espetáculo musical narrativo criado pela Companhia de Dança Cenográfica Cris Camargo & Os Donos da Rua. O espetáculo visa mostrar a importância histórica do batuque do Tambor.

O espetáculo que resgata a ancestralidade da raça negra aconteceu na quadra do Grêmio Recreativo e Social Escola de Samba Rosa de Ouro, situada no coração de Oswaldo Cruz, subúrbio carioca,onde históricamente haviam quilombos e de onde sairam grandes nomes do samba. Que tem como madrinha a centenária Portela, e como presidente a passista premiada, conhecida como a ´´vovó do riscado´´ Nilce Fran, que também é presidente da APASB(Associação dos passistas brasileiros)

O Tambor, o instrumento mais popular que temos e que segundo o Aurélio é traduzido como:´´é o nome genérico atribuído a vários instrumentos musicais do tipo membranofone, consistindo de uma membrana esticada percutida. Essa membrana pode estar montada em vários suportes: sobre uma armação, sem caixa de ressonância,..é um instrumento de percussão usado em todas as culturas e em cada uma possui nomes, constituições e formas diferentes, como cilíndrica, cônica.´´Os tambores mais antigos descobertos em escavações arqueológicas pertencem ao período Neolítico. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco (furado). Esses troncos eram cobertos nas bordas com a pele de algum réptil ou couro de peixe e percutidos com as mãos. (http://www.arte.seed.pr.gov.br).

Por ser tão antigo, esse instrumento atravessou diversas épocas arqueológicas, períodos históricos, sempre esteve presente em todas e quaisquer cerimônias sejam para anunciar alegrias,sentenças ou até mesmo a morte.

Falando da história do Brasil, que é o que fala o espetáculo, os tambores vieram da África, junto com os negros escravizados, estavam presentes nos navios negreiros, nas senzalas como companheiros da alegria ao mesmo tempo cultuados pela religião.

Era ao Tambor, que os escravos pediam clemência, pediam socorro.

O som do Tambor é tão imponente que permite até o mais erudito dos instrumentos, como o violino ser seu parceiro.

Os músicos deram um show a parte, muito afinados, num rítmo vibrante extraordinário, mostrando muita emoção, Aplausos.

Um cenário muito bem feito e bem acabado que nos remita das tribos africanas,onde diversos negros eram Reis, até realezas do samba. Uma belíssima analogia.

Os figurinos bem caracteristicos dos períodos históricos a qual a narrativa se referia.

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O texto escrito por Cris Camargo, que era lido pelo produtor Paulo Alcântara, que como contador de estórias precisa melhorar sua entonação e passar emoção e não apenas ler o texto. Acredito que estivesse nervoso por ser sua estréia na função.

E o que falar dos bailarinos, deram um show, bem expressivos, muito bem coreografados pela Cris Camargo.

A trilha sonora muito bem escolhida e sequenciada pelo violinista Gil Vilela.

Todas as fotos usadas nessa matéria são do fotógrafo e nosso editor Zeca Santos e as imagens de Daniel Azevedo.

A coluna agrade ao convite nos feitos pelo produtor Paulo Alcântara, parabeniza a todos do elenco e pela iniciativa a levar um espetáculo teatral a uma quadra de samba num subúrbio carioca onde não existe teatros.Aplausos.

A coluna indica o espetáculo que está em curtíssima temporada, então se organizem leitores, seguidores e fãs pois ainda resta o dia 02/04/23(dois de abril, próximo domingo) com 2 seções as 4Pm e as 7.30Pm. O espetáculo é gratuito basta levar 1Kg de alimento não perecível para garantir sua senha. Os alimentos arregadados serão fornecidos a comunidade da Escola de Samba Rosa de Ouro.

A saber que a quadra da Rosa de Ouro é na R. Coelho Lisboa 201, próximo a estação de trem de Oswaldo Cruz, melhor maneira de se chegar é de trem e ao chegar na estação pegue um taxi ou uber andará apenas 2 quadras por motivo de segurança.

Cultura até nos tempos pandêmicos é importante, um programa familiar gratuito, tranquilo, basta seguir as regras de segurança.

VIVA A CULTURA BRASILEIRA. ANO DO RENASCIMENTO ! FAÇA SUA PARTE. USE MÁSCARA, MANTENHA SUA HIGIENE, USE ÁLCOOL GEL, MANTENHA A DISTÂNCIA E RESPEITE O PRÓXIMO.